O nome “púrpura” é uma referência às manchas roxas ou avermelhadas indicativas de sangramentos que aparecem na pele.
Púrpura trombocitopênica imunológica é uma doença autoimune que se caracteriza pela destruição das plaquetas, células produzidas na medula óssea e ligadas ao processo de coagulação inicial do sangue.
O nome está diretamente relacionado às principais manifestações da enfermidade. Púrpura é uma referência às manchas roxas ou avermelhadas indicativas de sangramentos que aparecem na pele; trombocitopênica, em razão da trombocitopenia, ou seja, do sangramento provocado pela queda no número de plaquetas.
Veja também: Alternativas para o tratamento da púrpura
A enfermidade afeta uma em cada 10 mil pessoas e incide mais nas mulheres em idade fértil do que nos homens. Crianças podem apresentar uma forma aguda e autolimitada de PTI, em geral decorrente de um quadro infeccioso viral.
Sintomas
Os sintomas da púrpura surgem quando a queda do número de plaquetas compromete o processo de coagulação do sangue a ponto de provocar sangramentos. Os mais típicos são os sangramentos que se localizam na pele ou nas mucosas sob a forma de petéquias (manchas puntiformes) ou equimoses (manchas maiores). Podem ocorrer também sangramentos nasais (epistaxes), nas gengivas, gastrintestinais e no trato urinário. A ocorrência de edemas, dor nas pernas e hemorragias menstruais são mais difíceis de controlar.
A intensidade dos sintomas varia muito de um paciente para outro. Em alguns casos, eles podem ser assintomáticos e dispensam tratamento.
Diagnóstico
O diagnóstico de púrpura baseia-se no exame clínico e no resultado do hemograma. Uma vez constatado que o número de plaquetas está baixo, é de suma importância fazer o diagnóstico diferencial, porque doenças como aids, lúpus, leucemias e certas infecções virais também provocam queda no número de plaquetas.
Tratamento
Na infância, pode ocorrer remissão espontânea da doença, o que raramente acontece na vida adulta.
O tratamento da púrpura com cortiscosteroides (prednisona) por via oral visa controlar os sintomas e provocar aumento gradual das plaquetas no sangue. O risco de sangramento diminui consideravelmente, quando a contagem das plaquetas atinge 50 mil. Por causa dos efeitos colaterais adversos, o medicamento deve ser retirado aos poucos ou reduzido a doses mínimas o mais depressa possível.
Doses altas de imunoglobulina por via intravenosa são úteis para conter os sangramentos agudos e elevar a contagem de plaquetas.
Como grande parte da produção de anticorpos e destruição das plaquetas ocorre no baço, em algumas situações a remoção cirúrgica desse órgão (esplenectomia) pode estar indicada.
Recomendações
- Sangramentos provocados pela baixa contagem de plaquetas são facilmente visíveis sob a pele ou mucosas. A presença inexplicável de pequenos pontos ou de manchas arroxeadas espalhadas pelo corpo deve ser um sinal de alerta. Procure assistência médica para diagnóstico e tratamento, se necessário;
- Em geral, a púrpura trombocitopênica imunológica tem bom prognóstico, desde que devidamente tratada.