Cetoacidose diabética

O tratamento da cetoacidose é hospitalar e inclui a administração de insulina, hidratação endovenosa, correção das alterações dos íons no sangue (principalmente de fosfato, sódio e potássio) e acompanhamento dos níveis de consciência.

A cetoacidose diabética é uma complicação aguda grave, potencialmente mortal, uma vez que a doença gera condições desfavoráveis para a realização de processos químicos pelo organismo.

Compartilhar

Publicado em: 27 de dezembro de 2011

Revisado em: 6 de abril de 2021

A cetoacidose diabética é uma complicação aguda grave, potencialmente mortal, uma vez que a doença gera condições desfavoráveis para a realização de processos químicos pelo organismo.

 

Quando há falta de insulina e o corpo não consegue usar a glicose como fonte de energia, as células utilizam outras vias para manter seu funcionamento. Uma das alternativas encontradas é utilizar os estoques de gordura para obter a energia que lhes falta. Entretanto, o resultado final desse processo leva ao acúmulo dos chamados corpos cetônicos, substâncias  que deixam o sangue ácido, ou seja, com o pH mais baixo do que o normal. Essa acidez é extremamente desfavorável para o organismo, porque a a maioria das reações químicas que acontecem a cada segundo em nossas células depende de uma faixa muito estreita de pH. Isso significa que o grau de acidez não pode variar muito.

A cetoacidose diabética é uma complicação aguda grave, potencialmente mortal.  No diabetes tipo 1, ela pode ser a primeira manifestação da doença ou resultar do aumento das necessidades de insulina por causa de infecções, traumas, infartos e cirurgias. Já nos portadores do tipo 2, pode ocorrer sob  condições graves como a sepse, por exemplo.

 

Veja mais: Aprenda a reconhecer os sintomas do diabetes tipo 1, mais comum em crianças

Causas

 

São consideradas possíveis causas da cetoacidose diabética:

  • Desconhecimento de que a pessoa é portadora de diabetes e consequentemente, a falta de tratamento;
  • Aplicação de dose de insulina menor do que seria necessário;
  • Consumo de energia do corpo temporariamente aumentado, em virtude de infecções (principalmente as infecções urinárias e do trato respiratório) traumas, acidentes vasculares (infarto do miocárdio e AVC) e uso de certos medicamentos, condições essas em que o gasto de energia do organismo exige doses mais altas de insulina.

 

Sintomas

 

  • Sede intensa e boca seca;
  • Aumento da frequência das micções e da quantidade da urina;
  • Hiperglicemia;
  • Altos níveis de corpos cetônicos na urina;
  • Pele seca;
  • Fadiga intensa;
  • Respiração rápida e superficial;
  • Náuseas, vômitos e dor abdominal;
  • Hálito com odor acentuado de acetona,
  • Confusão mental.

 

Diagnóstico

 

Além da avaliação clínica considerando os sinais e sintomas da doença, exames laboratoriais de sangue e de urina ajudam a confirmar o diagnóstico da doença.

 

Prevenção

 

Algumas medidas simples permitem prevenir as crises de cetoacidose diabética. Entre elas destacam-se:

  • Informar-se sobre os sintomas da cetoacidose para reconhecê-los precocemente;
  • Tomar rigorosamente as doses de medicamentos prescritas pelo médico;
  • Controlar os níveis de glicemia no sangue e os corpos cetônicos (cetonúria) na urina, mesmo em casa, utilizando fitas desenvolvidas para esse fim;
  • Procurar assistência médica, quando as taxas estiverem elevadas ou nos quadros infecciosos e febris.

 

Tratamento

 

O tratamento da cetoacidose é hospitalar e inclui a administração de insulina, hidratação endovenosa, correção das alterações dos íons no sangue (principalmente de fosfato, sódio e potássio) e acompanhamento dos níveis de consciência.

 

Recomendações para os portadores de diabetes

 

Como gripesresfriados, diarreias, infecções urinárias e sinusites podem precipitar a cetoacidose, os portadores de diabetes devem:

  • Na vigência de processos infecciosos, medir a temperatura a cada quatro horas e, se tiver febre, tomar um copo de água a cada uma ou duas horas;
  • Não interromper a alimentação nem a aplicação de insulina;
  • Durante as crises, medir a glicemia e a cetonúria a cada quatro horas;
  • Procurar serviço de pronto-atendimento se as últimas duas glicemias estiverem maiores do que 250 mg/dl  e os últimos testes de cetonúria forem positivos.

Tópicos

Veja mais

Sair da versão mobile