Bócio (papo)

O bócio é visível na frente do pescoço, por conta do aumento anormal da glândula tireoide, mas também pode surgir na forma de nódulos imperceptíveis exteriormente.

Ilustração digital mostrando tireoide muito aumentada, característica do bócio.

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Publicado em: 31 de outubro de 2013

Revisado em: 11 de agosto de 2020

O bócio é visível na frente do pescoço, por conta do aumento anormal da glândula tireoide, mas também pode surgir na forma de nódulos imperceptíveis exteriormente.

 

Bócio, popularmente conhecido como papo, é o nome que se dá ao aumento da glândula tireoide. Esse crescimento anormal pode tomar a glândula toda e tornar-se visível na frente do pescoço; ou, então, surgir sob a forma de um ou mais nódulos (bócio nodular), que podem não ser perceptíveis exteriormente. A doença se manifesta mais nas mulheres entre 20 e 40 anos, mas pode ocorrer desde o nascimento, o que caracteriza o bócio congênito.

 

Causas

 

  • Carência de iodo na dieta, comum nas regiões geográficas em que há deficiência desse elemento (bócio endêmico);
  • Doenças autoimunes, que interferem na produção dos hormônios da tireoide, como a tireoidite de Hashimoto (hipotireoidismo) e a doença de Graves (hipertireoidismo);
  • Proliferação dos folículos da glândula (bócio coloide);
  • Tumores benignos e malignos;
  • Infecções e o uso de certos medicamentos (bócio esporádico).

 

Sintomas

 

A deformação que o bócio provoca na região anterior do pescoço pode limitar-se a pequenas saliências, ou nódulos, ou constituir massa grande e disforme, que comprime a traqueia e provoca dificuldade para respirar e engolir, tosse irritativa, rouquidão e dilatação das veias do pescoço.
De maneira geral, os sintomas variam de acordo com a quantidade de hormônios produzida pela tireoide, que é baixa ou nula no hipotireoidismo, e excessiva no hipertireoidismo. Quando a origem do bócio é a tireoide hiperativa, os sintomas mais comuns são aceleração do batimento cardíaco, insônia, agitação, sudorese abundante e olhos um pouco saltados (exoftalmia).Nos casos associados ao hipotireoidismo, a queda do metabolismo basal faz com que o organismo trabalhe mais lentamente e a pessoa sente cansaço, sonolência, apatia, intestino preso, pulso lento.

 

Diagnóstico

 

O diagnóstico toma como base a história do paciente e o exame clinico, incluindo a palpação da glândula. Considera também o resultado dos exames de sangue para medir a dosagem dos hormônios T3 e T4 e do TSH, que é produzido pela hipófise e regula o funcionamento de várias glândulas, entre elas, a tireoide. Ultrassonografia, cintilografia e biópsia são exames complementares que ajudam a fechar o diagnóstico e a encaminhar o tratamento.

Tratamento

 

O tratamento do bócio tem como principal objetivo corrigir a causa da doença. Em grande parte, o problema estético pode ser controlado com medicamentos que ajudam a compensar a deficiência de iodo ou a regular a produção dos hormônios e o funcionamento da tireoide, ou com iodo radioativo. A cirurgia para remoção total ou parcial glândula deve ser indicada se ocorrerem complicações, como dificuldade respiratória ou para engolir, ou a presença de nódulos e/ou tumores com sinais de malignidade.

 

Recomendações

 

  • Lembre que alguns alimentos constituem fontes importantes de iodo. Entre eles, vale destacar os frutos do mar, o sal iodado, algas, leite e ovos;
  • Verifique, na hora da compra, se o sal que você pegou da prateleira é iodado. A prevenção do bócio endêmico está diretamente associada à ingestão de iodo, elemento indispensável para a produção dos hormônios tireoidianos. Depois da lei que obrigou acrescentar iodo ao sal de cozinha, o número de casos caiu na população;
  • Nos casos de hipertireoidismo, é importante reduzir, ao máximo, o consumo de álcool e de cafeína, substância que está presente não só no café, mas também em grande parte dos chás, refrigerantes e no chocolate.

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