Tenho uma doença autoimune. Devo tomar a vacina contra covid-19?

Se o sistema imune está parcialmente comprometido — como é o caso dos pacientes com lúpus e outras doenças autoimunes —, as doses irão gerar resposta adequada? Saiba mais.

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Publicado em: 18 de janeiro de 2021

Revisado em: 27 de janeiro de 2022

Quem tem uma doença autoimune deve consultar seu médico para saber se pode tomar a vacina contra a covid-19. 

 

Em meio à expectativa do início da vacinação contra o novo coronavírus no país, uma das dúvidas que têm surgido é se pacientes que fazem uso de imunossupressivos por conta de doenças como lúpus, artrite reumatoide e psoríase devem tomar a vacina ou não.

Na verdade, a questão surge porque ao mesmo tempo em que as vacinas e seus reforços seriam essenciais para reduzir o risco de contaminação desses pacientes, o objetivo de uma vacina é provocar o sistema imunológico a produzir anticorpos para se defender contra algum agente infeccioso. Mas, se o sistema imune está parcialmente comprometido — como é o caso dos pacientes autoimunes —, as doses irão gerar resposta adequada?

Veja também: Por uma campanha de vacinação gratuita

Recentemente, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) emitiu um guia com orientações sobre a vacinação contra a covid-19 em pacientes com doenças reumáticas imunomediadas (DRIM). Segundo o documento, a decisão de vacinação deve ser individual e compartilhada entre o médico e paciente, tendo em vista que portadores dessas enfermidades podem apresentar desregulação imune por causa da doença e imunossupressão devido ao tratamento. Outros fatores a serem considerados são a faixa etária do paciente e suas comorbidades, como cardiopatias, diabetes mellitus, hipertensão arterial, obesidade, doença renal crônica e doença pulmonar obstrutiva crônica, que são associadas a um maior risco de hospitalização e mortes relacionadas ao novo coronavírus.

ATENÇÃO: O guia recomenda que a vacinação, para esses pacientes,  pode ocorrer quando a doença está estável ou em remissão e o paciente está sem ou com baixo grau de imunossupressão. Entretanto, o médico pode discutir com o paciente o momento para a imunização, considerando a situação epidemiológica da região e o enquadramento do paciente nos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.

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