Página Inicial
Pediatria

Anvisa aprova vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos

paciente com câncer recebe vacina no braço
Publicado em 16/12/2021
Revisado em 16/12/2021

A vacinação contará com dosagem diferente da utilizada em adultos, mas ainda não há previsão de quando começará no Brasil.

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quinta-feira (16) o uso da vacina da Pfizer contra covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Ainda não há previsão de quando a vacinação irá começar, pois a dosagem utilizada para essa faixa etária é diferente daquela aplicada em pessoas maiores de 12 anos e depende de uma nova compra do Ministério da Saúde.

A partir dos 12 anos, as crianças e adolescentes recebem a formulação de adultos diluída. No novo imunizante, porém, a dosagem corresponde a um terço daquela aplicada nos adultos e conta com substâncias e condições de armazenamento distintas. A tampa do frasco terá a cor laranja para diferenciar das demais doses.

As mudanças se baseiam nos estudos de Fase 1 e 2 conduzidos pela Pfizer que mostraram que a dosagem de 10 microgramas é o suficiente para garantir a eficácia de mais de 90,7% na prevenção de infecções pela covid-19 entre o público de 5 a 11 anos.

A pesquisa foi feita com 2.268 crianças e se provou segura: entre aquelas que receberam o placebo, 16 foram infectadas; já entre as que receberam as duas doses da vacina com três semanas de intervalo, apenas 3 desenvolveram a infecção. Não houve nenhuma morte nem relatos de eventos adversos graves.

Ainda não há dados, porém, sobre a coadministração desta vacina. Por isso, até o momento, o uso de imunizantes diferentes não é indicado. A Anvisa recomenda também um intervalo de 15 dias entre a vacina da covid-19 e as outras presentes no calendário infantil. 

O imunizante da Pfizer já foi aprovado pelo FDA e EMA, agências regulatórias de saúde dos Estados Unidos e da União Europeia, respectivamente. Também vem sendo utilizado em outros países, como Costa Rica, Colômbia, Equador, República Dominicana, Honduras, Peru, Panamá e Uruguai.

No Brasil, a autorização contou com a análise técnica de especialistas das sociedades brasileiras de Infectologia (SBI), de Imunologia (SBI), de Pediatria (SBP), de Imunizações (SBIm) e de Pneumologia e Tisiologia.

O Ministério da Saúde ainda não deu início às tratativas referentes à compra do imunizante para a faixa etária e não divulgou uma previsão de quando a vacinação desse público integrará o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Veja também: Por que algumas vacinas precisam de reforço e outras não?

Compartilhe
Sair da versão mobile