A proteção da vacina | Artigo

As vacinas aprovadas pela Anvisa são seguras e com eficácia demonstrada em ensaios clínicos com grande número de participantes submetidos a controles rigorosos. Embora a proteção não seja de 100%, elas ajudam a frear a pandemia e a evitar mortes.

frascos de vacinas contra covid e seringas em bandeja

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Publicado em: 1 de junho de 2021

Revisado em: 27 de janeiro de 2022

Embora nenhuma vacina ofereça 100% de proteção contra doenças, todas as vacinas contra a covid são eficazes e podem ajudar a frear a pandemia.

 

É um absurdo contestar a eficácia das vacinas contra o coronavírus. Quem já não ouviu histórias de que alguém morreu apesar de ter recebido as duas doses?

Quando perguntamos quem foi, no entanto, a resposta é que um médico contou para um amigo da vizinha, que a UTI do hospital dele está cheia de gente vacinada, ou que uma prima da tia tem uma amiga intubada depois de receber a segunda dose.

Veja também: Por que não temos vacinas contra a covid suficiente?

As vacinas aprovadas pela Anvisa são seguras e com eficácia demonstrada em ensaios clínicos com grande número de participantes submetidos a controles rigorosos. A proteção não é de 100%, entretanto. Algumas pessoas imunizadas poderão contrair a infecção, seja assintomática ou com sintomas.

O Centers for Diasease Control (CDC), dos Estados Unidos, tem estudado os casos de infecção em pessoas já vacinadas, definidos como aqueles ocorridos depois de 14 dias contados a partir do recebimento da segunda dose. O diagnóstico de covid, nessas situações, exige confirmação pelo teste de PCR ou pela detecção do antígeno, ambos colhidos nas secreções nasais.

Até o dia 30 de abril deste ano, quando os resultados foram analisados, cerca de 101 milhões de americanos haviam recebido as duas doses. Entre eles, houve apenas 10.262 infecções que a imunização não conseguiu conter. A média de idade foi de 58 anos; 63% eram do sexo feminino.

Os resultados iniciais revelaram que 27% das infecções pós-vacinais foram assintomáticas, 61% provocaram sintomas leves, 10% necessitaram de internação hospitalar (das quais 1/3 ocorreu em pacientes assintomáticos, mas internados por outros problemas de saúde) e 2% morreram (média de idade 82 anos).

As análises revelaram que a CoronaVac reduziu as hospitalizações em 95%. No caso dos que receberam a vacina da Pfizer, a redução foi de 99%.

A eficácia da vacinação é tão alta que apenas na semana de 24 a 30 de abril de 2021, quando os dados foram analisados, houve pelo menos 355 mil casos novos de covid no país.

Estudo semelhante foi realizado no Uruguai, país que já vacinou cerca 30% da população.

Lá, o Ministério da Saúde acaba de publicar os resultados da avaliação de eficácia da CoronaVac e da vacina da Pfizer.

Os dados preliminares mostraram que num universo de mais de 700 mil uruguaios já imunizados com as duas doses da CoronaVac, 5.360 vieram a apresentar teste positivo para a infecção do coronavírus, entre os quais 19 necessitaram de internação em UTI e 6 morreram. A taxa de internação foi de 0,17 e a de óbitos 0,04. A CoronaVac reduziu em 95% a necessidade de internação hospitalar.

Receberam as duas doses da vacina da Pfizer, havia mais de duas semanas, cerca de 150 mil uruguaios. Entre eles, o número de novas infecções pelo vírus foi de 691 (0,46%). Houve 8 óbitos (0,005%); todos em pacientes com mais de 80 anos.

As análises revelaram que a CoronaVac reduziu as hospitalizações em 95%. No caso dos que receberam a vacina da Pfizer, a redução foi de 99%.

Pessoas não vacinadas têm 0% de proteção.

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