Hábitos saudáveis e acompanhamento médico para pessoas com fatores de risco são fundamentais para a boa saúde do coração. Saiba mais.
As doenças cardiovasculares já são a principal causa de morte no Brasil e no mundo – são cerca de 400 mil mortes por ano apenas no nosso país. Por isso, é fundamental adotar hábitos de vida saudáveis, que protegem o coração e ajudam na prevenção dessas doenças. Exames simples como o eletrocardiograma e testes físicos são amplamente recomendados para iniciar uma vida ativa com mais segurança e focada nas necessidades individuais de cada pessoa.
Desse modo, a prevenção é sempre a melhor estratégia para se manter saudável. A dra. Salete Nacif, cardiologista do Hcor, destaca os “Life’s Essential 8™“, da American Heart Association (Associação Americana do Coração, em tradução livre), que recomenda o controle de oito fatores de risco preconizados pelas principais sociedades de cardiologia no mundo. São eles:
- Ter uma alimentação saudável;
- Praticar atividade física;
- Não fumar;
- Ter um sono de qualidade;
- Manter o peso adequado;
- Controlar os níveis de colesterol;
- Controlar os níveis de açúcar no sangue;
- Manter a pressão arterial nos níveis adequados.
Atividade física: por onde começar e quais as recomendações?
A recomendação geral é checar com o médico antes de começar uma atividade física, principalmente se você já tem 40 anos. No entanto, os exames solicitados pelo cardiologista vão depender da história clínica do paciente e do histórico familiar. “Por exemplo, um paciente jovem sem nenhuma queixa cardíaca e sem histórico familiar [de doença cardiovascular], na maioria das vezes um exame físico é suficiente e, no máximo, um eletrocardiograma. Já um indivíduo com mais de 40 anos, que tem histórico familiar de infarto em parentes de primeiro grau ou está com alguma queixa cardíaca, nesses casos pode-se necessitar exames mais complexos, como teste ergométrico, ecocardiograma, ou seja, exames com maior grau de detalhes”, explica a dra. Salete.
O eletrocardiograma é um exame bastante comum que também pode ser feito para acompanhamento diário com smartwatches. Esse exame avalia a atividade elétrica do coração para, assim, detectar o ritmo do coração e o número de batimentos por minuto. Alguns smartwatches já possuem uma versão mais simples desse exame que ajuda a entender mais sobre seu coração, no entanto para isso é necessário ter a certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Para o coração, os chamados exercícios aeróbicos são os mais indicados, sobretudo para quem deseja melhorar sua função cardíaca. Opções como caminhada, corrida, dança, natação, hidroginástica e andar de bicicleta são exemplos de atividades aeróbicas que melhoram a condição cardiorrespiratória.
Mas a cardiologista explica que os exercícios resistidos – como musculação, pilates e crossfit, por exemplo – também têm impacto positivo na saúde cardiovascular e reduzem o risco de problemas como infarto, aumento da pressão arterial e colesterol alto.
Para adultos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda, no mínimo, 150 minutos de atividade física moderada por semana, o que dá 30 minutos por dia durante cinco dias. Se você não consegue fazer tudo isso, comece aos poucos. Se possível, procure uma atividade que goste, assim será mais fácil se manter ativo.
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Recomendações especiais para a saúde do coração
Para pessoas que já convivem com alguma doença cardíaca, entretanto, o cardiologista orientará sobre a intensidade da atividade física adequada, com base em sua história clínica, exames físicos e exames complementares.
“Tem pacientes que são cardiopatas, que sofreram infarto e estão com stent [dispositivo colocado na artéria para evitar a obstrução local], mas estão bem condicionados e podem chegar a um nível de exercício maior. Mas no geral, pacientes com alguma doença cardíaca são orientados a fazer atividade de leve a moderada intensidade, mas sempre orientados pelo cardiologista. Vale ressaltar que pessoas com cardiopatias precisam mesmo fazer exercício, porque isso pode ajudar com a condição cardíaca dela, mas nunca sem passar no médico antes”, esclarece a especialista.
Durante a prática de exercícios físicos, dispositivos portáteis como os relógios inteligentes (smartwatches) podem ser usados para monitorar dados como a frequência cardíaca cardíaca e a intensidade do exercício. Assim, as pessoas – especialmente aquelas com cardiopatias – podem se manter dentro de uma zona segura, conforme a orientação do seu médico.
Quando procurar um cardiologista para avaliar o coração
Por fim, além do check-up antes de iniciar as atividades físicas, existem algumas situações em que se recomenda consultar um cardiologista. “Sempre que a pessoa sentir algum sintoma cardíaco, por exemplo, dor no peito desencadeada por esforço físico ou algum grau de palpitação, falta de ar ao fazer atividades físicas, inchaço nas pernas, todos esses sintomas podem corresponder a algum problema cardíaco, então é preciso procurar um cardiologista antes de continuar a atividade física regular”, diz a dra. Salete.
Pessoas que têm algum histórico familiar (principalmente parentes de primeiro grau, com doença cardíaca), pacientes que têm pressão alta, diabetes, colesterol alto, são fumantes ou que já tiveram algum evento cardíaco ou procedimento cardíaco prévio também precisam passar por avaliação cardiológica.
Conteúdo produzido em parceria com o HUAWEI WATCH GT 5 Pro, smartwatch completo para monitoramento de saúde – eletrocardiograma também!. @huaweimobilebr
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