Mãos com luvas segurando um espéculo vaginal.
Publicado em 12/06/2019
Revisado em 27/07/2023

Procedimento serve para detectar o câncer de colo do útero e lesões que podem evoluir para esse tumor. Saiba tudo sobre o exame de papanicolau.

 

A colpocitologia oncológica, popularmente conhecida como papanicolau, é um exame ginecológico muito importante porque pode detectar precocemente o câncer de colo do útero, um dos tumores mais comuns na população feminina e a quarta causa de mortes de mulheres por câncer no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A doença geralmente é provocada pela infecção persistente de alguns tipos do papilomavírus humano, o HPV. Por isso, a vacina contra o HPV é uma das principais formas de prevenção.

Veja também: Por que vacinar seus filhos contra o HPV

 

Para que serve o papanicolau

O papanicolau serve para diagnosticar o câncer de colo de útero e também lesões que, sem tratamento rápido, podem evoluir para esse câncer.

 

Quando e quem deve fazer o papanicolau

O Ministério da Saúde recomenda que mulheres que têm ou já tiveram vida sexual ativa, principalmente aquelas entre 25 e 64 anos, façam o exame regularmente. Os intervalos devem ser os seguintes:

  • Após o primeiro exame, o segundo deve ser feito depois de um ano;
  • Se os resultados forem normais, o próximo só precisa ser feito depois de três anos;
  • Se os resultados indicarem infecção por HPV ou lesão de baixo grau, é preciso repeti-lo após seis meses;
  • Se apontar lesão de alto grau, o médico é quem vai definir a melhor conduta.

Mas existem algumas exceções: para mulheres com imunossupressão, a indicação é realizar o papanicolau logo após o início da atividade sexual, repeti-lo em seis meses e, se os resultados forem normais, anualmente. Entram nesse grupo, por exemplo, mulheres com HIV (vírus causador da aids), aquelas que usam imunossupressores após transplante de órgãos sólidos, pacientes em tratamentos de câncer e usuárias crônicas de corticosteroides.

 

Como é o preparo para o papanicolau

Para que a amostra colhida seja satisfatória, a mulher não deve estar menstruada, não deve fazer duchas nem utilizar medicamentos intravaginais e tampouco manter relações sexuais nas 72 horas anteriores ao exame. Depois do parto, o ideal é aguardar entre seis e oito semanas para fazer a coleta.

  • Dica: Se você tiver outros exames ginecológicos para fazer no mesmo dia, como o transvaginal, é importante que o papa seja feito primeiro, pois o gel que colocam para fazer o transvaginal impossibilita que sejam feitos outros exames.

 

Como é feito o papanicolau

O exame é realizado com a mulher em posição ginecológica (deitada com as pernas afastadas uma da outra e os pés apoiados em um suporte). Um instrumento chamado espéculo vaginal é introduzido na vagina para que o colo uterino seja visualizado adequadamente. Em seguida, amostras do tecido uterino são colhidas, primeiro com uma espátula especial e depois com uma escova endocervical.

Como o colo do útero não tem sensibilidade como a pele, normalmente o papanicolau não dói, mas pode causar desconforto pela necessidade de ajustar o espéculo. Mulheres na pós-menopausa com atrofia vaginal podem ter a vagina mais estreita e mais seca, o que pode levar a um incômodo maior.

        Veja também: Para que serve o papanicolau? – Vamos Falar #14

 

Cuidados após o papanicolau

Após o término do procedimento, pode haver um pouco de sangramento vaginal. Não existem recomendações específicas após o exame. A paciente pode ir normalmente para casa.

 

Tem no SUS?

Sim, o papanicolau é oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS). O médico ginecologista é quem normalmente faz a solicitação.

 

Consultoria: Dra. Patricia de Rossi, ginecologista do Conjunto Hospitalar do Mandaqui.

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