DrauzioCast #031 | Epilepsia

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Publicado em: 13 de novembro de 2018

Revisado em: 16 de março de 2021

Dr. Drauzio orienta sobre o que fazer em caso de crises de epilepsia.

 

 

 

Provavelmente a epilepsia é tão velha quanto a espécie humana. Muitas personalidades que se destacaram na história da humanidade foram portadoras de epilepsia, doença tão cercada de preconceitos.

Os sintomas se manifestam quando, por algum motivo, ocorrem alterações no cérebro e um grupamento de células se comportam de maneira hiperexcitável; células que se excitam em excesso.

Crises epilépticas assustam quem está por perto. Sem consciência do que está acontecendo, a pessoa cai, os membros ficam rígidos e ela começa a debater-se com movimentos rítmicos, já que os músculos se contraem e relaxam repetidas vezes — pois o comando central do cérebro está desorganizado.

Na grande maioria dos casos a crise desaparece espontaneamente. A pessoa retoma a consciência, meio atordoada, e vai aos poucos voltando ao normal. Nessas horas, na hora da convulsão, o importante é apoiar a cabeça do paciente para evitar um trauma, porque ele está se debatendo; virar seu rosto de lado, para evitar o acúmulo de saliva, e para impedir que ele se asfixie com a própria saliva ou com o vômito, até esperar que a crise passe.

Veja também: Conheça os diferentes tipos de crise

A crença popular de que a língua enrola e pode ser engolida durante a crise não tem fundamento. É impossível engolir a língua, um músculo que também se contrai durante a crise. Ela pode ficar enrolada, mas nunca será engolida. O máximo que pode acontecer é o paciente mordê-la e feri-la, mas ela cicatrizará sem problemas depois.

A literatura médica registra muitos casos de dentes arrancados durante a manobra de colocar uma colher na boca do paciente; e o pior, que na tentativa de segurar a língua, dedos já foram arrancados até por causa da contratura muscular generalizada.

Não coloque nada na boca de quem está sofrendo uma convulsão. O pior que pode acontecer é ele [o epiléptico] cortar a língua. É menos mau que enfiar colher e outros objetos que podem causar lesões mais graves.

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