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Pediatria

Infecção por rotavírus

Bebê no colo da mãe e mulher dando vacina oral.
Publicado em 26/04/2011
Revisado em 11/08/2020

Rotavírus é uma infecção que causa gastrenterite aguda. O diagnóstico clínico pode ser confirmado por um exame laboratorial específico para pesquisar a existência do vírus nas fezes do doente.

 

Existem sete sorotipos diferentes de Rotavírus, mas somente três deles infectam o homem e causam gastrenterite aguda. Essa variedade de sorotipos explica por que a pessoa pode ser infectada mais de uma vez, embora seja possível desenvolver certo grau de proteção cruzada que torna mais leve a infecção por um tipo diferente de Rotavírus.

A infecção por Rotavírus pode ocorrer em qualquer idade. A estimativa é que até os cinco anos todas as crianças terão pelo menos um episódio de infecção e que uma em cada 300 infectadas pode morrer em consequência das complicações. Nos adultos, a infecção costuma ser mais benigna.

O Rotavírus é transmitido por via fecal-oral, pelo contato direto entre as pessoas, por utensílios, brinquedos, água e alimentos contaminados. Medidas de saneamento básico são fundamentais para prevenir a transmissão do vírus.

 

Sintomas

 

Em alguns casos, a infecção pode ser assintomática. Quando os sintomas aparecem, os mais importantes são:

Os quadros leves de Rotavírus são autolimitados: a infecção dura alguns dias e regride. Os mais graves estão associados à desidratação e podem ter complicações fatais.

 

Diagnóstico

 

O diagnóstico clínico de Rotavírus pode ser confirmado por um exame laboratorial específico para pesquisar a existência do vírus nas fezes do doente. A amostra deve ser coletada nos primeiros dias da infecção.

 

Tratamento

 

Não existem medicamentos específicos para combater a infecção por Rotavírus. O fundamental é manter a criança hidratada, repondo constantemente o líquido perdido nos vômitos e nas evacuações. São sinais de desidratação: letargia, irritabilidade, muita sede, diminuição do volume da urina, boca seca, olhos encovados, ausência de lágrimas, perda do turgor da pele.

Os quadros leves podem ser tratados em casa, com soro caseiro, muito líquido e alimentação normal, especialmente se for leite materno, mas sempre respeitando a orientação médica. Os quadros graves exigem internação hospitalar.

 

Vacina

 

A vacina contra o Rotavírus produzida com vírus humano atenuado começou a ser usada, no Brasil, em 2006, e faz parte do calendário do Programa Nacional de Imunizações. Foram licenciadas duas formas de apresentação. A monovalente, que deve ser administrada por via oral em duas doses (aos dois e quatro meses) e a pentavalente, em três doses (aos dois, quatro e seis meses). O intervalo mínimo entre uma dose e outra é de 30 dias.

Em 2014, os prazos limites máximos para aplicação da vacina monovalente foram estendidos. A primeira dose pode ser administrada até os 3 meses e 15 dias e a segunda, até os 7 meses e 29 dias.

Desde que essas duas formas da vacina começaram a ser administradas, os casos de gastrenterite diminuíram muito.

 

Veja também: Leia entrevista sobre vacinação infantil

Recomendações

 

  • Lave as mãos cuidadosamente e com frequência, especialmente depois de usar o banheiro e de trocar as fraldas das crianças, antes das refeições e quando for preparar os alimentos;
  • Lave bem e deixe mergulhados em solução desinfetante frutas e legumes que vão ser ingeridos crus;
  • Use água tratada para beber e no preparo dos alimentos;
  • Mantenha sempre bem limpos os utensílios de mesa e os que são usados na cozinha;
  • Lembre-se de que o soro caseiro e os produtos equivalentes contêm sais minerais importantes para reidratar o paciente não encontrados na água pura;
  • Procure o médico tão logo a criança apresente episódios de diarreia aguda.
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