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Como saber se estou entrando na menopausa?

Ainda que essa fase seja muito única, existem alguns sinais que podem indicar a chegada da menopausa.
Publicado em 19/03/2024
Revisado em 20/03/2024

Ainda que essa fase seja muito única, existem alguns sinais que podem indicar a chegada da menopausa.

 

O climatério, ou seja, o período de transição que antecede a chegada da menopausa (após 12 meses da última menstruação), é diferente para cada mulher. Os sintomas variam, assim como a sua intensidade e tempo de duração. Além disso, com o uso de estratégias como o DIU e os anticoncepcionais, fica ainda mais difícil saber a situação do fluxo menstrual. Surge, então, a dúvida: como saber se eu realmente estou entrando na menopausa?

 

Sintomas mais comuns da menopausa

Ainda que essa fase seja muito única, existem alguns sinais que podem indicar a chegada da menopausa. A dra. Renata Bonaccorso, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, elenca:

Irregularidade menstrual

“Esse é o primeiro e mais frequente sinal. Dificilmente a mulher para de menstruar de uma hora para outra, portanto, a irregularidade menstrual é o momento em que ela acaba identificando que algumas coisas diferentes estão acontecendo”, destaca.

Essa irregularidade é bastante variável: pode haver um aumento ou redução no número de dias do fluxo ou do próprio ciclo. Por exemplo, a mulher passa a menstruar a cada 15 dias e, depois, a cada dois meses.

 

Fogachos

As ondas de calor também são sinais importantes. A dra. Renata explica que os fogachos não são, simplesmente, “estar sentindo muito calor nos últimos tempos”. É um fenômeno bem característico.

“A onda de calor começa no tórax, sobe para o rosto, faz a face ficar corada e a cabeça quente. A paciente tem aquele episódio de sudorese, sente isso por alguns minutos e depois passa. Quem já teve uma vez não confunde com nenhuma outra coisa”, afirma a ginecologista.

 

Insônia

Os fogachos, inclusive, estão associados a outro sintoma da menopausa: a insônia. Por acontecerem principalmente à noite, eles podem atrapalhar o descanso.

“A insônia pode ser de todos os tipos: demorar para começar a dormir, acordar no meio da noite e não conseguir pegar no sono ou despertar precocemente. Basicamente, são noites mal dormidas”, exemplifica a dra. Renata.

 

Fadiga e irritabilidade

A mulher apresenta ainda outros sintomas no seu dia a dia, que podem ou não estar associados à privação do sono. São as alterações no humor, como irritabilidade, humor depressivo, cansaço, vontade de chorar constante e até falta de foco. Tudo isso pode afetar o rendimento e a produtividade no trabalho.

 

Secura vaginal e falta de libido

“Pensando nos sintomas relacionados ao corpo, uma queixa muito frequente é a secura vaginal. Isso acontece por uma hipertrofia dos órgãos genitais devido à falta de hormônios. Essa secura vaginal acaba propiciando dor na relação e perda de libido, que pode estar relacionada ao incômodo ou à própria queda hormonal”, diz a especialista.

Como consequência, a mulher fica mais sujeita ao desenvolvimento de infecções urinárias e corrimentos vaginais, por conta das alterações na flora local.

 

Outros sintomas

Já entre as queixas menos comuns, mas que também podem aparecer, estão:

  • Urgência miccional (vontade incontrolável de ir ao banheiro);
  • Dificuldade de manter e de perder peso;
  • Dores articulares;
  • Formigamentos;
  • Queda de cabelo;
  • Pele seca.

Veja também: Quais exames podem diagnosticar a menopausa?

 

O que determina como vai ser a menopausa para cada mulher?

Como vimos, a mulher pode sentir todos ou apenas alguns dos sintomas acima, em intensidade e duração variáveis. O que influencia a forma como o climatério vai se apresentar tem a ver, em especial, com os antecedentes familiares.

“Principalmente da mãe. A gente sempre pergunta como foi a menopausa da mãe, se foi tranquila e quais foram os sintomas que ela sentiu. Porque vemos muito a repetição dos sintomas. Quando a mãe teve muitos fogachos, por exemplo, a filha tem maior predisposição a ter”, compara a dra. Renata.

A prática de atividade física também influencia na intensidade dos sintomas. Muitos estudos comprovam que as mulheres que realizam exercícios físicos constantes e moderados apresentam menos sintomas do que as mulheres que são sedentárias.

Além disso, o tabagismo também pode intensificar os incômodos desse período.

 

Quando procurar a orientação de um médico?

Enquanto algumas mulheres sentem os sintomas do climatério por cerca de seis meses até pararem de menstruar completamente, outras enfrentam as queixas por aproximadamente dois anos. Em casos raros, eles permanecem por mais de dez anos. É uma questão bastante individual e imprevisível.

Por isso, a dica da dra. Renata é marcar uma consulta com o seu médico ginecologista a partir da detecção da irregularidade menstrual ou da persistência de qualquer um dos sintomas citados acima. O especialista poderá dar as melhores orientações no seu caso e avaliar se será necessária a reposição hormonal ou outro tipo de tratamento.

De maneira geral, para enfrentar a chegada da menopausa com mais tranquilidade, é importante manter um estilo de vida saudável: praticar atividade física, manter uma alimentação balanceada, controlar o peso e evitar o tabagismo.

 

Conteúdo produzido em parceria com Tena Brasil, marca líder mundial em produtos para incontinência urinária.

Veja também: Por que é importante ter uma rede de apoio na menopausa?

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