Miomas só requerem intervenção quando há sintomas

Quando a mulher começa a se queixar do aumento do fluxo menstrual, de cólicas constantes, inchaço do abdômen, dores durante a relação sexual, sensação de pressão abaixo do umbigo, é preciso investigar.

Mulher sentada em um sofá com a mão no abdômen e expressão de dor.

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Geralmente, miomas só requerem intervenção quando há sintomas muito incômodos, como aumento do fluxo menstrual e cólicas constantes. Ida ao ginecologista anualmente é importante para acompanhar.

 

Cerca de 40% das mulheres terão miomas ao longo da vida. No entanto, de acordo com André Luiz Malavasi, diretor do setor de ginecologia do hospital estadual Pérola Byington, o risco desse tumor virar câncer é praticamente nulo. “É importante destacar que ninguém morre por causa disso. Muitas mulheres, inclusive, nem sabem que têm. É algo comum e tem um fator hereditário bastante importante. Além disso, ele não impede a mulher de engravidar. Mas é importante destacar que quando a mulher entra na menopausa, o tamanho do mioma diminui, podendo até sumir”, explica.

 

Veja também: Entrevista completa com especialista sobre miomas

 

O mioma é uma neoplasia benigna, semelhante a uma verruga, e é resultado da proliferação do músculo uterino chamado miométrio. Ele cresce com a liberação do hormônio estrógeno durante o período fértil, pode ter poucos milímetros ou ser maior do que um melão e ocorre em mulheres acima dos 35 anos, embora possa acometer também as mais jovens.

Segundo o médico, só deve haver alguma preocupação quando os sintomas dos miomas passam a incomodar. “Quando a mulher começa a se queixar do aumento do fluxo menstrual, de cólicas constantes, inchaço do abdômen, dores durante a relação sexual, sensação de pressão abaixo do umbigo, aí é preciso investigar.”

Nesses casos, o tratamento é escolhido de acordo com alguns fatores, como idade, saúde geral da mulher, gravidade dos sintomas, tipo do mioma e desejo de engravidar futuramente. Quando a paciente não apresenta sintomas, o tratamento é ambulatorial. Em mulheres que desejam ter filhos posteriormente, é feita a miomectomia, cirurgia na qual se retiram apenas os miomas. Em casos em que a paciente não deseja mais engravidar, remove-se o útero por procedimento de histerectomia.

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo revela que, em média, 33 paulistanas foram internadas por dia em decorrência de miomas em 2012. No total foram 12 mil internações em todo o Estado naquele ano, número 15% maior que o total de 2008, quando 10,5 mil mulheres foram internadas no estado. “Por isso, é extremamente importante que a mulher vá ao ginecologista uma vez ao ano. Através do exame físico nós conseguimos detectar a presença de mioma e, se for o caso, começamos o tratamento. Diagnóstico precoce é importante para evitar cirurgias”, finaliza André Malavasi.

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