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Exames ginecológicos imprescindíveis após a menopausa

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Publicado em 03/08/2015
Revisado em 11/08/2020

A periodicidade dos exames ginecológicos após a menopausa depende de cada caso, mas normalmente a paciente deve procurar o ginecologista uma vez ao ano.

 

Não é segredo que as mulheres devem fazer acompanhamento ginecológico regular para manter a saúde em dia. Porém, a rotina ginecológica no período que sucede a chegada da menopausa pode suscitar dúvidas. O ginecologista Luciano Pompei, da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), ressalta a importância de não confundir o período de pós-menopausa com a “terceira idade”, termo utilizado comumente para designar as pessoas que chegam aos 60 anos ou mais.

“O mais importante para nós, ginecologistas, é a divisão entre a fase reprodutiva da mulher, o momento da chegada da menopausa e a pós-menopausa. Não necessariamente esta última significa ‘terceira idade’. Inclusive, há mulheres que tem menopausa precoce, antes dos 45 anos”, explica.

Segundo o dr. Pompei, a periodicidade da visita ao ginecologista depende de cada caso, mas, normalmente, o ideal é consultar o especialista uma vez ao ano. Alguns exames específicos, no entanto, são indicados para todas as pacientes, independentemente do histórico clínico individual. Confira, abaixo, os exames ginecológicos imprescindíveis no período da pós-menopausa.

  • Mamografia: Detecta, precocemente, um possível câncer de mama. É recomendado pelos médicos a partir dos 40 anos e, dependendo do risco de cada mulher, deve ser refeito a cada um ou dois anos.
  • Exames de sangue: Analisam, principalmente, colesterol e triglicerídeos, além da função renal e a dosagem dos hormônios da tireoide. Somente com os resultados é possível recomendar os intervalos para sua repetição e quais medidas a ser tomadas, se necessário.
  • Exame preventivo do colo de útero (mais conhecido como Papanicolaou): Segundo recomendação do Ministério da Saúde, a mulher deve realizar esse exame até os 65 anos. Já a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) o indica até os 70. Ainda de acordo com Ministério da Saúde, como regra geral, em caso de resultados sem alterações em dois exames consecutivos com intervalo de um ano entre si, a repetição passa a ser indicada a cada três anos.
  • Ultrassonografia pélvica (preferencialmente transvaginal): Não há consenso claro; a maioria dos médicos defende que seja anual, enquanto outros solicitam o exame somente se houver reclamação de sangramento ou queixa uterina. “Particularmente, defendo a realização anual”, diz o ginecologista.
  • Densitometria óssea: Permite o diagnóstico de osteoporose e de osteopenia (baixa densidade óssea). A mulher sem motivos aparentes para ser considerada de maior risco para fraturas osteoporóticas recebe a indicação a partir dos 65 anos de idade. Se há riscos, o pedido é antecipado. Em casos de menopausa precoce, a primeira desintometria deve ser realizada aos 50 anos.
  • Exames Clínicos: O exame físico realizado no consultório também é importante. Além do exame físico geral, o médico poderá fazer palpação das mamas, exame especular e exame de toque, para checar a existência de anormalidades mamárias ou pélvicas.

“Por isso, é imprescindível consultar o ginecologista, mesmo quando a paciente não tem vida sexual ativa e não menstrua mais. Em todas as idades, as mulheres nunca devem deixar a saúde de lado e parar de se cuidar”, conclui.

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