Onde descartar medicamentos vencidos?

Descartar remédios em locais não apropriados pode oferecer riscos à saúde e ao meio ambiente. Saiba onde descartar os medicamentos vencidos.

Descartar remédios em locais não apropriados pode oferecer riscos à saúde e ao meio ambiente. Saiba onde descartar os medicamentos vencidos.

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Publicado em: 9 de março de 2016

Revisado em: 15 de setembro de 2021

Descartar remédios em locais não apropriados pode oferecer riscos à saúde e ao meio ambiente. Saiba onde descartar os medicamentos vencidos.

 

Você se recorda de onde descartou o último remédio vencido? No lixo convencional, no vaso sanitário ou na pia? Pois saiba que jogar remédios em locais não apropriados pode oferecer riscos à saúde e também ao meio ambiente, por conta da contaminação do solo e da água. Afinal, remédios são substâncias químicas.

O descarte de medicamentos deve seguir algumas orientações:

  • Verifique com frequência a data de vencimento dos medicamentos que você tem em casa;
  • Separe os remédios vencidos, como por exemplo pomadas, cartelas de comprimidos, vidros de xarope, spray etc. e mantenha-os longe do alcance de crianças;
  • Infelizmente, o Brasil não tem um protocolo que regulamente a forma de descarte. Atualmente, algumas drogarias e postos de saúde coletam e dão o destino adequado, mas é necessário perguntar caso a caso se o local oferece este serviço. Ao encontrar um local que recebe, entregue os medicamentos ao farmacêutico responsável;
  • Se você tem agulhas ou lancetas usadas no tratamento de diabetes ou outras doenças,  junte-as em um recipiente rígido (garrafa Pet ou lata, por exemplo), lacre-o e leve-o até a unidade básica de saúde mais próxima de sua casa.

André da Silva Brites, enfermeiro e pesquisador da área de saúde, trabalhava, em 2009, em um projeto com crianças portadoras de diabetes que precisavam utilizar insulina. E a indagação dos pais era sempre a mesma: qual seria o local mais adequado para descartar as seringas e agulhas usadas? Ele também não sabia, mas ficou intrigado com a questão.

 

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Brites começou, então, um projeto de dissertação de mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com o objetivo de alertar as pessoas acerca do descarte consciente de medicamentos. Segundo o enfermeiro, ainda não se sabe qual a quantidade de remédios vencidos descartada anualmente no meio ambiente. “Como não existe, em nível nacional, nenhuma regulamentação específica sobre como e onde deve ser feito o descarte de medicamentos de uso doméstico, fica bem difícil ter acesso a esses números”, explica ele.

Entretanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criou um Grupo de Trabalho Temático (GTT Medicamentos) que reúne diversas entidades e representantes da indústria farmacêutica e da sociedade civil para discutir um modelo de Logística Reversa de Medicamentos. A grosso modo, o descarte funcionaria mais ou menos assim: o consumidor entregaria os medicamentos vencidos às farmácias, que passariam ao distribuidor e este ao fabricante, que ficaria responsável pela incineração dos remédios. Mas ainda não há prazo para o projeto sair do papel. “Infelizmente, as pessoas não têm o costume de separar os medicamentos e enviá-los para um descarte seguro. E isso vale para todo tipo de remédio, seja comprimidos, cápsulas, xaropes ou seringas. O destino mais comum é o vaso sanitário”, lamenta Brites.

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