Página Inicial
Medicamentos

Medicamentos falsificados: quais os riscos e como identificá-los? 

Publicado em 04/07/2025
Revisado em 02/07/2025

Conheça os principais pontos de atenção para ajudar na identificação de uma medicação falsa, e saiba como comprar com segurança pela internet.

Consumir medicamentos falsificados não representa apenas um desperdício de dinheiro, mas um sério risco à saúde. Sem as devidas regularizações, não há como garantir a segurança, a eficácia nem a procedência desses produtos. Por isso, é fundamental se informar sobre os riscos e saber como identificar uma medicação falsificada.

Riscos de usar medicamentos falsificados

Segundo Ana Carla Broetto Biazon, pós-doutora em Ciências Biológicas e coordenadora do curso de Farmácia do Centro Universitário Integrado, em Campo Mourão (PR), os medicamentos falsificados representam riscos à saúde porque não passam por controle de qualidade, podem conter doses erradas ou nenhum princípio ativo e frequentemente são produzidos em condições não apropriadas.

“Os principais riscos incluem a falta de eficácia, de modo que o tratamento de uma doença pode falhar; intoxicação — devido a presença de substâncias tóxicas que podem causar reações adversas graves —; e o agravamento de uma doença por não ter o princípio ativo agindo de forma correta”, explica a especialista. 

Como identificar um medicamento falsificado?

“Existem alguns sinais que podem orientar os consumidores, como preço muito abaixo do habitual, embalagem de má qualidade, alteração das características do produto, falta de bula ou bula fora do padrão exigido e compra em locais não autorizados (como vendedores informais e sites sem autorização, por exemplo)”, afirma Ana Carla. 

É importante ainda se atentar a algumas alterações na embalagem, como: 

  • Rótulos borrados;
  • Cores diferentes das originais;
  • Erros de ortografia;
  • Lacres violados;
  • Falta de registro da Anvisa.

“Alguns medicamentos podem apresentar alterações como cor, cheiro e sabor diferente do medicamento original. Se isso ocorrer, o consumidor deve ficar em alerta”, destaca ela. 

A Anvisa orienta que medicamentos sejam adquiridos somente em estabelecimentos devidamente regularizados, com a embalagem completa (ou seja, dentro da caixa) e mediante a emissão de nota fiscal. 

        Veja também: Medicamentos: um guia de como armazenar, consumir e descartar

Como saber se o medicamento é aprovado pela Anvisa?

O número de registro na Anvisa é um código único que identifica que o medicamento foi analisado e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. “Esse registro garante que o produto atendeu os critérios de qualidade, segurança e eficácia antes de ser comercializado no Brasil”, esclarece a farmacêutica. 

O número pode ser identificado na embalagem e na bula do medicamento, geralmente com as letras “MS” (Ministério da Saúde), seguida por uma sequência de números. É possível também fazer a consulta diretamente no site da Anvisa para saber se o medicamento foi aprovado. 

Atenção à compra de medicamentos pela internet

É muito importante ter cautela ao comprar medicamentos pela internet para não adquirir produtos falsificados ou irregulares. “Verifique se a farmácia online está devidamente registrada e licenciada pelas autoridades sanitárias competentes, compre apenas em sites de farmácias autorizadas e conhecidas que possuem AFE (Autorização de Funcionamento da Anvisa)”, recomenda Ana Carla. 

Além disso, ela recomenda desconfiar de farmácias com preços muito baixos ou promoções que parecem “boas demais para ser verdade”.

Também é possível fazer a consulta de farmácias e drogarias que possuem autorização da Anvisa para funcionar. Acesse aqui.  

O que fazer após adquirir um medicamento falsificado

Ao desconfiar que adquiriu um medicamento falsificado, a recomendação é suspender o uso e guardar a embalagem, o medicamento e a nota fiscal. “Deve-se também registrar uma denúncia na Anvisa e comunicar a Vigilância Sanitária Municipal. Em seguida, deve-se levar o produto a uma farmácia ou posto de saúde para orientação sobre o descarte seguro e, se tiver reações adversas, procurar um serviço de saúde”, orienta a especialista. 

        Veja também: Medicamentos em supermercados?

 

Compartilhe
Sair da versão mobile