O esquecimento faz parte do processo, é intrínseco ao processo de memorização. Se armazenássemos todas as minúcias do cotidiano na memória de curto prazo, o cérebro precisaria ser muito maior
Não conheço ninguém que esteja satisfeito com a própria memória. Embora o esquecimento faça parte do processo de aprendizagem, todos nos revoltamos contra essa traição do cérebro, às vezes, nas horas mais inconvenientes. É o menino que esqueceu quanto é nove vezes oito bem na hora da prova de matemática, o adolescente que não se lembrou de levar o material para o trabalho de grupo, o marido que deixou passar a data do aniversário de casamento, o adulto que largou a chave do carro e a carteira não sabe onde ou do horário da reunião.
Quando essas coisas acontecem com os mais jovens, a explicação parece pronta. “Ah, ele é desligado, não presta atenção em nada. Só não esquece a cabeça porque está grudada no pescoço.” No entanto, diante do esquecimento dos mais velhos, a reação dos outros e deles mesmos é diferente.
“Eu tinha boa memória, mas vira e mexe estou me esquecendo das coisas. Será que estou ficando velho? Ou, então, é o filho que repara: “Mamãe está ficando esquecida, já fez três vezes essa pergunta enquanto esperava a água do café esquentar e parece que nem sequer ouviu a resposta”.
Lapsos de memória podem ocorrer provocados pela sobrecarga de atividades comum nos dias de hoje. Se não houver, porém, nenhuma doença que justifique essa perda, com exercício e atenção é possível manter o bom funcionamento da memória.
Veja também: Memória nos idosos
MEMÓRIA DE CURTO E LONGO PRAZO
Drauzio – Você já ouviu alguém se vangloriar de que tem uma memória maravilhosa, perfeita?
Wilson Jacob Fº – É muito raro. Em geral, as pessoas criticam a memória atual e dizem que ela era maravilhosa no passado. No entanto, durante a conversa, fica claro que as queixas de esquecimento são mais antigas e que a memória nunca foi tão boa quanto imaginam.
A rede de ligações neuronais será mais densa no indivíduo que utiliza o cérebro mais intensamente e menos densa naquele que, em qualquer fase da vida, deixe de estimulá-lo.
Drauzio – Como funciona, no cérebro, o processo de aprendizagem e de memória?
Wilson Jacob Fº – Não temos certeza de como esse processo funciona no cérebro, mas sabemos que a aquisição de informações se processa por vários canais e que sons, palavras, números e principalmente conceitos acabam sendo armazenados na memória. No entanto, é importante distinguir a memória da qual precisamos por curto prazo daquela que arquivamos para que seja mantida por tempo indeterminado. Veja um exemplo: muitas vezes, atribuímos a certas informações um caráter imediato. Olho o número de um telefone na agenda, faço a ligação e alguns segundos depois não me lembro mais do número que disquei. Outras, porém, quero guardar na memória e sou capaz de recordar-me delas depois de décadas.
Tanto a aquisição da informação quanto sua disponibilização dependem de todos os processos cerebrais que envolvem o indivíduo em determinado momento.
Portanto, a atenção para aquisição e condicionamento da informação e a atenção na busca dessa informação são fundamentais para que a memória se torne plena, ou seja, para que o fato ou dado de que precisamos num momento seja disponibilizado da maneira correta e no tempo correto.
CARÁTER SELETIVO DA MEMÓRIA
Drauzio – Esquecer faz parte do processo, é intrínseco ao processo de memorização. Se armazenássemos todas as minúcias do cotidiano na memória de curto prazo, o cérebro precisaria ser muitíssimo maior.
Wilson Jacob Fº – Você tem toda a razão. Além disso, é bom considerar que estaríamos acumulando uma série totalmente desnecessária de dados, porque eles mudam com o tempo. Esse caráter seletivo da memória é muito importante. Ao que parece, ele mantém um processo interativo com determinadas fases do sono, nas quais as informações são reorganizadas e distribuídas em diferentes patamares de acordo com a necessidade, o que mostra relação muito próxima entre os processos biológicos e a memória.
Considerando esse sistema interativo, pode-se dizer que a plasticidade é uma das características da memória, que tem de ser modificada a cada instante para que não sejam guardadas informações desnecessárias.
Por isso, costumamos dizer aos pacientes que se queixam da memória que ela não é um fenômeno isolado dentro do organismo, mas faz parte de todo um sistema, razão pela qual é fácil influenciá-la negativamente, assim como é fácil beneficiá-la, uma vez que o bom funcionamento do organismo propicia a boa memória.
Drauzio – Há neurônios que conduzem estímulos numa velocidade impressionante, às vezes, centenas de metros por segundo. Entretanto, os que vão arquivar os acontecimentos na memória são muito mais lentos. Em geral, funcionam com a repetição dos estímulos. Recebem um estímulo e o conduzem a determinado patamar. Se estímulo idêntico for repetido, é conduzido a patamar mais elevado. O exemplo clássico é decorar uma poesia. Quanto mais vezes ela for lida, mais ficará arquivada na memória. Nesse processo, a idade interfere com a velocidade de condução do estímulo para a memória e o arquivamento de dados?
Wilson Jacob Fº – Ao que parece, a senescência, o envelhecimento contribuem para lentificar ou diminuir a aquisição da informação. Seguindo sua linha de raciocínio que é absolutamente correta, provavelmente o trabalho para adquirir nova informação tenha de ser mais prolongado ou mais detalhado. O modelo pedagógico indicado para o indivíduo numa fase mais avançada da vida precisa ser diferente. Embora a forma de adquirir conhecimento, de memorizar as coisas não seja a mesma das épocas precedentes, é perfeitamente possível guardar informações na memória numa fase mais avançada da vida, desde que não haja doenças que comprometam o funcionamento cerebral.
De qualquer maneira, é essa repetição do estímulo sucessivas vezes que explica a memória maravilhosa dos mais idosos para fatos antigos. Provavelmente, eles serão capazes de repetir com mais fidelidade a poesia lida e relida na adolescência do que as pessoas que a tenham decorado há pouco tempo.
VOLUME MAIOR DE INFORMAÇÕES
Drauzio – Vamos pegar o exemplo de um homem de 50 anos que se queixa de não ter mais a memória dos 20 anos. Antes, não tinha a menor dificuldade para lembrar o nome das pessoas. Hoje, encontra gente que conhece, mas não consegue lembrar como se chamam. Se pensarmos, porém, no número de pessoas que conhecia aos vinte anos, chegaremos à conclusão que era insignificante comparado com o número que conhece aos 50.
Wilson Jacob Fº — O indivíduo quer comparar o desempenho da memória nessas duas fases da vida, sem levar em conta o universo em que vive e a extensão das demandas a que está exposto aos 50 anos e que são muito diferentes das que enfrentava aos 20. Não só seu patrimônio de conhecimento é infinitamente maior, como sua atenção está dispersa e dividida entre inúmeros apelos. De maneira simplificada, vamos comparar com um equipamento eletrônico. A busca é sempre rápida e facilitada, se o número de arquivos for pequeno, mas ficará demorada e reclamaremos da lentidão do computador, se o volume de dados que possui superar a capacidade de trânsito da informação requisitada.
Com o mecanismo da memória acontece mais ou menos a mesma coisa. Com a atenção voltada para cinco fenômenos diferentes ao mesmo tempo, com a sobrecarga grande de atividades, o indivíduo mais maduro que busca por informação pode achar que a memória está mais lenta e deficitária. Entretanto, se avaliar todo o contexto, certamente verá que a resposta está adequada ao momento específico que atravessa.
Primeiro gostaria de dizer que não existe remédio para melhorar ou aumentar a capacidade da memória. Desde os fitoterápicos frequentemente utilizados até os apresentados na história recente da farmacologia, nenhum medicamento ou produto químico tem atividade comprovada para aumentar os coeficientes da memória.
Drauzio – Talvez seja o que acontece quando a pessoa chega a uma festa e é apresentada a diversos convidados. Alguns minutos depois, não se lembra do nome de nenhum deles e acha que sua memória está falhando. Na verdade, ela talvez tenha se distraído com o fato de estar sendo apresentada a um desconhecido e não prestou atenção aos nomes que foram ditos.
Wilson Jacob Fº — Provavelmente o foco de atenção não estava voltado para o nome das pessoas, mas para qualquer outra coisa que tenha ocorrido naquele momento. Frequentemente, quando o indivíduo manifesta esse tipo de queixa, é capaz de reportar com precisão e detalhes outros fatos percebidos na mesma ocasião. Portanto, não é um problema de memória, mas de intenção subjetiva e involuntária de guardar ou não determinada informação.
USO CONTÍNUO DA MEMÓRIA
Drauzio – Há quem diga que a memória é como um músculo. A pessoa para de usar e ela atrofia. A comparação pode ser grosseira, mas encerra um fundo de verdade. Pessoas que não utilizam o mecanismo de memorização podem ter dificuldade de ativá-lo depois.
Wilson Jacob Fº – Eu estenderia esse conceito a toda a atividade cerebral, quer dizer, não só à memória, mas à memória como exemplo da atividade cerebral. Essa queda de rendimento pode ser verificado facilmente nos indivíduos que mantinham intensa atividade intelectual durante o período de trabalho e que, uma vez aposentados, sofrem perdas ou lapsos expressivos na necessidade de raciocínio, em geral, distanciando-se abruptamente de tudo o que envolvia seu cotidiano: atualização, tomada de decisões, reuniões, debates. Eles mesmos percebem que, em pouco tempo, sua capacidade de raciocínio e de memorização ficou muito prejudicada e veem isso como sinal de envelhecimento, embora estejam apenas seis meses mais velhos do que no último dia de trabalho. No entanto, a capacidade intelectual que desenvolveram enquanto trabalhavam e o desuso dessa capacidade que a aposentadoria representou conferem-lhe duas condições absolutamente distintas, porém reversíveis. Frequentemente, quando readquirem demandas intelectuais, mostram a mesma performance de antes ou até superior, porque diminui a obrigatoriedade de realizar coisas desagradáveis.
Drauzio – Nesse caso, eu poderia também dizer que os adolescentes que não exercitam a memória podem apresentar o mesmo tipo de problema?
Wilson Jacob Fº – Alguns experimentos, inclusive com animais, mostram que a privação de uma informação, seja ela visual, tátil ou auditiva, nas fases iniciais da vida, tem como consequência o desenvolvimento cerebral comprometido especialmente se comparado aos pares que receberam a mesma informação.
Portanto, não se discute mais que existe um desenvolvimento não do número de células cerebrais, mas das ligações interneuronais compatível com a demanda de informações. A rede de ligações neuronais será mais densa no indivíduo que utiliza o cérebro mais intensamente e menos densa naquele que, em qualquer fase da vida, deixe de estimulá-lo.
Drauzio – Posso dizer que para formar essa rede de neurônios quanto mais estimulada ela for, mais complexas serão suas interações?
Wilson Jacob Fº — Mais conexões esses neurônios terão estabelecido. O número de neurônios é estável, mas as comunicações que eles estabelecem são estimuladas ou desestimuladas conforme o grau de atividade cerebral.
Veja também: Memória e linguagem
INSTRUMENTAL MNEMÔNICO
Drauzio – Um dia, por exemplo, vou ligar para minha filha como faço habitualmente e vejo que esqueci o número do telefone dela. Isso é sinal de um problema sério com o qual devo me preocupar?
Wilson Jacob Fº – Acho que não é um problema sério com o qual deva preocupar-se. Como regra básica, é preciso entender que a memória é falível em qualquer fase da vida e que o uso de um instrumental mnemônico, de algum artifício que ajude a manter a informação disponível, deve ser encarado sem preconceito. Muitas pessoas reclamam que, a partir de determinado momento, foram obrigadas a usar uma agenda. Eu lhes mostro minha agenda aberta sobre a mesa. Nela estão registradas algumas palavras-chave, um recurso mnemônico que utilizo para organizar meus compromissos, hoje em muito maior número do que antigamente.
No seu caso, o número de telefones que conhece no momento não chega nem perto do que conhecia no passado. Isso cria a expectativa de ter a informação sempre disponível. Na realidade, você não precisa saber de cor o número de telefone de sua filha e de ninguém mais, porque pode recorrer às anotações feitas numa agenda, ou no Palm.
Talvez você não precise recorrer a anotações para lembrar um número de telefone que usa cotidianamente. Mas, basta desviar o foco da atenção ou estar atravessando um período de estresse incomum para a informação deixar de ser disponibilizada rapidamente. Se depende dela, use a agenda que serve exatamente para isso.
O fato de ter nossos compromissos registrados nos tranquiliza e essa despreocupação ajuda a tornar a memória acessível a qualquer momento.
A qualidade da memória, quando devidamente utilizada, não perde em nada do adulto normal para o idoso normal. Daí a ocorrência de produções artísticas e consagradas num octogenário ou nonagenário.
DÉFICIT NORMAL OU PATOLÓGICO
Drauzio – Como você reconhece que o déficit de memória é patológico?
Wilson Jacob Fº – Considerar de quem parte a queixa de mau funcionamento da memória é uma regra que, como tudo em medicina ou biologia, deve ter peso relativo, mas é útil para avaliar a extensão do problema. Em geral, quando ela vem do próprio indivíduo, trata-se de uma questão funcional. Ele está descontente com a memória que, analisada por testes e critérios específicos, mostra-se de padrão normal para a idade ou perfil cultural.
Toda a vez, porém, que a queixa parte dos familiares, o caso merece ser mais investigado. O que quero dizer é que quem tem um problema neuronal de memória não se dá conta do que está ocorrendo e quase sempre contraria as informações dos outros. Já aquele que reclama da própria memória, em geral, não é apoiado pelos parentes que não veem razão para tais queixas.
Entretanto, não concordamos com a ideia de que isso não seja nada. Pode ser sinal de sobrecarga de atividades, de depressão ou ansiedade, causas que merecem ser investigadas. Alguma coisa motivou a queixa e fez com que a pessoa procurasse esclarecer o porquê. Todavia, na quase totalidade dos casos, não é indício de doença cerebral. Frequentemente, reflete uma desadaptação entre o indivíduo e o momento que está vivendo, seja do ponto de vista profissional ou afetivo, e o problema desaparece com o ajuste que se faz necessário.
No outro extremo estão os casos da pessoa que não se queixa. No entanto, os familiares e colegas de trabalho relatam fatos reais que podem indicar a ponta de um iceberg para diagnóstico e tratamento que, na maior parte das vezes, surte bons resultados.
AÇÃO DE MEDICAMENTOS
Drauzio – Gostaria de que você falasse sobre o uso de tranquilizantes, de medicamentos para controlar a pressão arterial e de drogas recreativas que interferem no funcionamento da memória.
Wilson Jacob Fº — Primeiro gostaria de dizer que não existe remédio para melhorar ou aumentar a capacidade da memória. Desde os fitoterápicos frequentemente utilizados até os apresentados na história recente da farmacologia, nenhum medicamento ou produto químico tem atividade comprovada para aumentar os coeficientes da memória. Remédio bom para a memória é o treino de memória.
Por outro lado, certos medicamentos interferem no funcionamento cerebral e, consequentemente, interferem na memória. É impossível imaginar que um remédio tenha uma especificidade tão grande que funcione num grupo de neurônios e não funcione em outros. Sua ação pode até predominar nos neurônios motores, aqueles que produzem movimentos, e não nos neurônios cognitivos que produzem emoções, sentimentos e pensamentos, mas nunca será tão específica a ponto de não interferir no cérebro como um todo.
Portanto, medicamentos que induzem o sono, calmantes, analgésicos, antidepressivos, alguns anti-hipertensivos e os que controlam as crises de epilepsia obrigatoriamente atuam no cérebro e interferem no circuito da memória. Existe um hipnótico usado como medicação pré-anestésica que sabidamente provoca amnésia. Sob seu efeito a pessoa conversa, mas não se recordará absolutamente de nada do que disse ou ouviu. Por isso, quem se queixa da memória deve fazer com o médico uma revisão crítica dos medicamentos que utiliza.
MEMÓRIA E ATENÇÃO
Drauzio – Como se realiza o treinamento de memória e que relação existe entre memória e atenção?
Wilson Jacob Fº – Nas oficinas de memória, como são mais conhecidas atualmente, fala-se muito da condição que o indivíduo adquire ou perde no transcorrer da vida que é prestar atenção aos detalhes para, com eles, aumentar a chance de memorizar determinado fato. Quer dizer, lembrarei de coisas adquiridas num determinado momento, quanto mais detalhes tiver observado. Vamos retomar o exemplo do indivíduo que não consegue lembrar os nomes das pessoas. Talvez não se lembre do prenome, mas se lembre do sobrenome. Talvez não se lembre de nenhum dos dois, mas é capaz de lembrar do som que produzia e isso pode remeter para a informação desejada.
Além disso, existe uma relação direta da atenção como predisponente da memória. A atenção como fator fundamental para a aquisição de informação é facilmente verificada por meio de um teste bastante simples, descrito em 1975, e que consiste mais ou menos no seguinte: peço que a pessoa guarde três palavras porque vou perguntá-las posteriormente e são muito importantes para o resultado do teste. Quem tem memória guarda pelo menos duas das três palavras invariavelmente. Agora, se eu disser essas três palavras no meio de uma conversa sem chamar atenção para elas provavelmente não serão lembradas. A memória para determinado fato está relacionada com a importância que lhe atribuímos e isso pode ser chamado de atenção.
Com o passar do tempo, a necessidade de atenção aumenta e a pessoa precisa utilizar mecanismos mnemônicos que vão permitir dispor de um dado adquirido quando necessário.
Drauzio – Uma pessoa que não consegue lembrar-se à tarde do teor de um artigo de jornal que leu pela manhã tem um problema de memória ou não prestou atenção ao que leu?
Wilson Jacob Fº – Se ela não for portadora de uma doença, se tiver a memória adequada para a idade, provavelmente estava lendo o artigo e pensando em outra coisa. Seus olhos acompanhavam as linhas do texto e, se for interrompida, certamente se lembrará das últimas palavras que leu, mas não do que interessa para fazer um resumo. Se você lhe disser que precisa ler aquele artigo para fazer uma síntese, a capacidade de memória do indivíduo mais velho é igual à de seu colega muito mais jovem.
Drauzio – Às vezes, estarmos lendo um assunto que nos interessa, mas preocupados com outra coisa, e perdemos o que estava escrito em dois ou três parágrafos. Quando se volta, prestando atenção ao texto, recupera-se o que foi perdido.
Wilson Jacob Fº – Como disse, não há diferença no grau de eficácia nem na qualidade de aquisição das informações entre pessoas mais velhas e mais jovens. Isso é muito importante. A qualidade da memória, quando devidamente utilizada, não perde em nada do adulto normal para o idoso normal. Daí a ocorrência de produções artísticas e consagradas num octogenário ou nonagenário.
Com o avançar da idade, talvez se façam necessários mecanismos de aquisição despidos de preconceitos. Vemos isso atualmente em relação aos novos veículos de comunicação, ao computador e mesmo ao controle remoto. Quando apresentados de forma complicada, o idoso dificilmente se envolve no processo. Mas, essa fase de resistência será vencida se o caminho didático e pedagógico for adequado para a faixa etária, o que nos permite dizer que a aquisição da informação é a mesma nas diferentes idades.