Odor corporal (bromidrose)

Diabetes, alcoolismo, certos alimentos, alguns antibióticos e hormônios podem alterar o odor da transpiração, atribuindo-lhe características peculiares e desagradáveis.

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Publicado em: 2 de julho de 2012

Revisado em: 18 de agosto de 2023

A bromidrose ocorre por razões como ação dos micróbios, diabetes, alcoolismo, certos alimentos (cebola, alho, pimentas), alguns antibióticos e certos hormônios, atribuindo-lhe características peculiares e desagradáveis.

 

As glândulas sudoríparas estão espalhadas por toda a extensão da pele e são responsáveis pela produção do suor. Sua principal função é regular e manter a temperatura do corpo que deve permanecer em torno de 36,5º.

Existem dois tipos de glândulas sudoríparas: as écrinas e as apócrinas. As écrinas estão distribuídas pela superfície total do corpo desde o nascimento e têm função termorreguladora. O suor que eliminam pelos poros é constituído basicamente por água e alguns sais que não se decompõem. Por isso, praticamente não exalam nenhum cheiro.

 

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As apócrinas, por sua vez, desenvolvem-se em apenas algumas regiões do corpo: axilas, área genital, couro cabeludo, ao redor dos mamilos. O suor que secretam é eliminado através dos folículos pilosos e, além de água e alguns sais, contém restos celulares e do metabolismo que podem produzir odores desagradáveis quando expostos à ação de bactérias e fungos, em ambientes em que calor, umidade e falta de luz sejam predominantes. Essa “condição de odor fétido devido à ação de bactérias e leveduras que decompõem o suor e restos celulares” (Manual Merck) é chamada bromidrose. Ela recebe o nome de bromidrose axilar, popularmente conhecida como cê-cê, quando o cheiro ruim se concentra na região das axilas, e de bromidrose plantar, ou chulé, quando se instala nos pés.

 

 

Causas

 

Além da ação dos micróbios, diabetes, alcoolismo, certos alimentos (cebola, alho, pimentas), alguns antibióticos e certos hormônios podem alterar o odor da transpiração, atribuindo-lhe características peculiares e desagradáveis.

 

Sintomas

 

O sintoma característico da bromidrose é o mau cheiro que o suor infectado por micro-organismos provoca nas axilas e nos pés. Nos pés, quando a sudorese é abundante, além do odor desagradável, podem surgir sinais de maceração e descamação da pele.

 

Tratamento

 

O primeiro passo é identificar a causa da bromidrose para prescrever o tratamento adequado, começando por atacar o problema de base. Qualquer que seja ela, porém, é fundamental promover a higiene cuidadosa da pele, especialmente da pele das mãos, dos pés e das axilas, uma vez que a sudorese é mais abundante nessas regiões, porque nelas está concentrado número maior de glândulas sudoríparas. O objetivo de tal medida é restringir ao máximo as condições de proliferação dos micro-organismos que conferem mau cheiro ao suor.

Outro recurso é utilizar produtos de higiene (desodorantes antitranspirantes, por exemplo) que controlem a produção excessiva de suor), assim como prescrever medicamentos com ação bactericida, fungicida  e antimicótica. O tratamento cirúrgico é uma solução terapêutica raramente utilizada. Na verdade, ele não tem por objetivo a cura da bromidrose, mas, sim, controlar a transpiração excessiva nas áreas de maior risco.

 

Recomendações

 

  • Não se descuide da higiene pessoal. Seque bem a pele depois do banho, especialmente a pele das axilas e entre os dedos dos pés. Se necessário, use um secador de cabelo numa temperatura morna para eliminar os resquícios de umidade que possam favorecer a proliferação de micro-organismos;
  • Dê preferência aos sabonetes antissépticos e aos desodorantes antiperspirantes;
  • Troque de roupas todos os dias. Atualmente, existem produtos que ajudam a eliminar os odores durante a lavagem;
  • Evite as roupas de tecido sintético, especialmente as meias. Sempre que possível, escolha roupas de puro algodão;
  • Deixe os sapatos em lugares ventilados enquanto estão fora de uso;
  • Prefira os calçados abertos e fabricados com matérias-primas naturais aos fechados e produzidos com material sintético;
  • Fuja da automedicação. Consulte um dermatologista para orientar o tratamento, se o odor da transpiração está se tornando inconveniente.

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