Novo coronavírus pode se espalhar pelo ar

CDC muda orientação e alerta para o risco da transmissão do novo coronavírus pelo ar, por meio de gotículas que uma pessoa infectada expele ao falar, tossir ou espirrar.

mulher sentada em condução tosse. Transmissão do novo coronavírus pode se dar pelo ar

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Publicado em: 21 de setembro de 2020

Revisado em: 8 de outubro de 2020

Centro americano muda orientação e alerta para o risco de transmissão do novo coronavírus pelo ar.

 

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos anunciou, na segunda-feira (05/10/20), que o vírus Sars-CoV-2, que causa a covid-19, pode se espalhar por meio de partículas suspensas no ar e circular além de cerca de 2 metros.

Veja também: Artigo do dr. Drauzio sobre transmissão do novo coronavírus

Esse tipo de transmissão é mais provável em determinados locais e situações, como:

  • Espaços fechados: pessoas suscetíveis podem contrair o vírus pelo ar especialmente em duas situações: quando estão no mesmo ambiente fechado que uma pessoa infectada ou quando entram no ambiente do qual a pessoa infectada acabou de sair;
  • Exposição prolongada a partículas respiratórias: o risco de adquirir o vírus pelo ar aumenta se uma pessoa se expuser por muito tempo a partículas suspensas que contenham o vírus. Se a pessoa infectada expelir diversas partículas (ao tossir, gritar ou cantar, por exemplo), o risco cresce ainda mais. Quanto mais partículas contendo o vírus forem eliminadas, maior o risco de elas se acumularem no ar. Quanto mais tempo nos expusermos a elas, maior a probabilidade de contaminação;
  • Ventilação inadequada: locais mal ventilados permitem que partículas suspensas no ar se acumulem e não se dissipem.

O CDC, no entanto, confirma que a transmissão pelo ar não é a principal forma de disseminação do vírus.  Essa continua sendo de pessoa para pessoa, por meio de gotículas (aerossóis) emitidas quando um indivíduo contaminado fala, tosse ou espirra próximo a outro.

Um estudo do National Institutes of Health publicado em junho deste ano já havia revelado que o novo coronavírus emitido em gotículas de saliva emitidas pela fala podem permanecer de 8 a 14 minutos suspensas no ar, o que facilitaria ainda mais a transmissão da doença.

Outro estudo, publicado em março na “New England Journal of Medicine”, revelou que o vírus pode permanecer em aerossóis por pelo menos 3 horas em ambiente laboratorial, embora a quantidade de vírus viáveis, que ainda possam causar covid-19, diminua significantemente com o passar do tempo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que está monitorando as novas evidências de que o vírus possa ser transmitido pelo ar, mas afirma, assim como o CDC, que a principal forma de disseminação do vírus é de pessoa a pessoa, por meio de aerossóis, daí a importância de se manter o uso de máscara e o distanciamento físico.

 

Prevenção

 

Embora a transmissão do novo coronavírus ainda esteja sendo estudada, há evidências cada vez mais robustas que corroboram a necessidade de medidas preventivas para evitar sua disseminação. Por isso, de acordo com o CDC, é fundamental:

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