5 mitos e verdades sobre anestesia

São vários os mitos que envolvem a utilização de anestesias. A técnica, na verdade, é bastante segura. Saiba o que é verdade e o que não é.

Atualmente são muito raros os acidentes ou complicações de uma anestesia, mas ainda assim, os mitos prevalecem. Saiba mais.

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Publicado em: 23 de maio de 2022

Revisado em: 23 de maio de 2022

Atualmente são muito raros os acidentes ou complicações de uma anestesia, mas ainda assim os mitos prevalecem. Saiba mais. 

 

A anestesia é um procedimento médico com altíssima segurança que promove analgesia (supressão da dor) completa enquanto o paciente é operado.

A técnica anestésica remonta aos tempos da Antiguidade, em que os artifícios utilizados para aliviar a dor eram inúmeros: usar gelo ou neve para congelar a região a ser operada, embriagar o paciente, realizar hipnose etc. Quando nada disso adiantava, as cirurgias eram realizadas com os doentes imobilizados à força. O índice de mortalidade era alto, claro. 

Foi ao longo de todos esses anos que muitos mitos relacionados à prática prevaleceram devido, principalmente, à falta de informação. Conversamos com o médico anestesiologista Renato Lucas, do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, que tirou algumas dúvidas frequentes dos pacientes:

  • Toda anestesia vai fazê-lo dormir?

     Não. Sob o efeito de uma anestesia geral, você ficará dormindo; já numa anestesia regional, você poderá ficar dormindo ou acordado, conforme a conveniência. 

  • Anestesia raqui causa dor de cabeça?

Depende. Até alguns anos atrás, esse sintoma era bastante comum, mas atualmente a incidência é de 1 a cada 100 pacientes. As agulhas para realizar a punção são mais finas, e isso reduz o risco de dor de cabeça pós-raqui. Entretanto, é essencial que o paciente respeite o tempo de repouso e só se levante da cama ou faça movimentos bruscos quando o médico autorizar. 

Veja também: Quais são os tipos de anestesia e sedação mais utilizados?

 

  • Anestesia geral é mais perigosa?

Não. Essa associação surgiu porque, na anestesia geral, o paciente é colocado em coma induzido e fica totalmente inconsciente. Por isso, ele precisa de um suporte constante de todas as suas funções vitais pelo anestesiologista responsável, que atua como “anjo da guarda do paciente”. Com o uso de medicamentos, técnica e materiais adequados, além de uma consulta pré-cirurgia, o anestesiologista reduz ao máximo os riscos da anestesia geral.

  • Posso acordar durante a anestesia?

Até pode, mas é pouco provável, já que o risco de despertar durante a cirurgia é de 1 em cada 3.300 cirurgias. A monitorização utilizada nos dias de hoje contribui para que isso não aconteça. De qualquer forma, você não sente dor.

  • Posso ficar com amnésia temporária após um procedimento, como endoscopia?

Sim, por conta da utilização de fármacos com propriedades hipnóticas, que fazem dormir, ou provocam amnésia. Por mais que tente, você não vai se lembrar de nada do que aconteceu durante o exame. Na maioria das vezes, são administrados benzodiazepínicos, grupo de remédios que diminuem a ansiedade, causam sedação e induzem ao sono. Mas fique tranquilo, porque, assim que o exame termina, você acorda da sedação, e depois de algumas horas os efeitos cessam.

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