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Check-up médico: qual a eficácia e frequência ideal?

mão de enfermeira com luva colhe sangue de braço de paciente para check-up
Publicado em 07/05/2024
Revisado em 20/09/2024

Prática rotineira de consultas tem muitos benefícios, mas a necessidade de exames de check-up precisa ser conversada com o médico. Veja as orientações.

 

Detectar doenças precocemente e poder tratá-las de maneira mais rápida são algumas das vantagens de se realizar um check-up médico. O termo, denominado como “checar” ou “conferir”, na medicina é atribuído a uma avaliação de rotina.

De acordo com Victor Herlys, médico pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e atuante na atenção primária em Araguari (MG), mesmo na ausência de sintomas de alguma condição, a prática diminui a mortalidade e o número de eventuais problemas decorrentes do tratamento. “O check-up também pode oferecer orientações sobre hábitos saudáveis como dieta, exercícios, vacinação e uso de substâncias, que contribuem para que o paciente não desenvolva doenças. Por fim, permite o acompanhamento e monitoramento de condições de saúde que o paciente já possui, de forma a evitar complicações”, diz.

 

Qual a frequência ideal?

A frequência adequada de consultas depende de inúmeros fatores, e geralmente, quanto maior a vulnerabilidade e risco do paciente, mais frequentes elas devem ser. O médico lembra que o Ministério da Saúde, por exemplo, preconiza que crianças recém-nascidas devem ser avaliadas com uma frequência maior, idealmente com sete consultas no primeiro ano de vida. “Da mesma forma, indivíduos diabéticos e hipertensos devem ser avaliados pelo menos a cada seis meses. Na população geral, sem queixas ou fatores de risco, uma visita anual ao médico da atenção primária já é o suficiente”, esclarece.

O dr. Herlys afirma ainda que os exames devem ser personalizados conforme as necessidades individuais de cada pessoa, o que é fundamental para garantir a eficácia e relevância dos resultados obtidos.

“É importante solicitar os exames certos para cada perfil de paciente, que será identificado no momento da consulta. Nesta lista entram fatores como idade, sexo, doenças que o paciente já apresenta, uso de substância, entre outros. A partir desse perfil, teremos uma lista dos exames mais indicados para esta pessoa, de maneira a não gastar com exames desnecessários ou fazer exames cujo resultado geraria intervenções que causariam mais mal do que bem”, indica.

 

Evidência científica e os principais exames para check-up

A literatura científica mostra que exames e avaliações periódicas, quando bem indicados, diminuem a mortalidade e as internações e aumentam as taxas de cura. Entretanto, o dr. Herlys esclarece que a eficácia da indicação de exames varia entre o tipo de exame e o perfil de paciente que está sendo avaliado. “No SUS, nas consultas, seguimos orientações do Ministério da Saúde, que possui protocolos específicos para rastreio de doenças, que consideram todos esses fatores.”

Na população geral acima de 18 anos, um painel comum de exames de check-up inclui:

  • Aferição de pressão arterial;
  • Hemograma;
  • Colesterol total e frações;
  • Glicemia de jejum;
  • Exames de ISTs.

 

O papel dos profissionais de saúde

Para o dr. Herlys, o desenvolvimento de uma relação médico-paciente é fundamental para ajudar os pacientes a entender a importância e os benefícios dos check-ups médicos regulares.

“Explicar claramente a necessidade da realização de exames e acompanhamento periódico sempre que possível. Outro ponto importante, é envolver o paciente no processo de tomada de decisão, com decisões terapêuticas compartilhadas, para que ele se sinta também responsável pela própria saúde”, finaliza.

        Veja também: Quais exames pré-natais as grávidas devem realizar?

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