HPV (papilomavírus humano)

O HPV pode provocar lesões genitais de alto risco, porque são precursoras de cânceres como de colo do útero e do pênis. Tire suas dúvidas sobre a doença.

Representação computadorizada de um vírus do HPV (papilomavírus humano).

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Publicado em: 7 de abril de 2011

Revisado em: 1 de outubro de 2023

O HPV pode provocar lesões genitais de alto risco, porque são precursoras de cânceres como de colo do útero e do pênis. Tire suas dúvidas sobre a doença.

 

O HPV (papilomavírus humano), nome genérico de um grupo de vírus que engloba mais de cem tipos diferentes, pode provocar a formação de verrugas na pele e nas regiões oral (lábios, boca, cordas vocais etc.), anal, genital e da uretra. As lesões genitais podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer de colo do útero e do pênis, e de baixo risco (não relacionadas ao câncer).

 

Veja também: Vacina do HPV é eficaz e segura

 

Transmissão do HPV

 

A transmissão se dá predominantemente por via sexual, mas existe a possibilidade de transmissão vertical (mãe/feto), através da saliva, de auto-infecção e de infecção por perfuração ou corte com objetos contaminados pelo HPV.

 

Diagnóstico do HPV

 

As características anatômicas dos órgãos sexuais masculinos permitem que as lesões sejam mais facilmente reconhecíveis. Nas mulheres, porém, elas podem espalhar-se por todo o trato genital e alcançar o colo do útero, uma vez que, na maior parte dos casos só são diagnosticáveis por exames especializados, como o papanicolaou (teste de rotina para controle ginecológico), a colposcopia e outros mais sofisticados, como hibridização in situ, PCR (reação da cadeia de polimerase) e captura híbrida.

 

Sintomas do HPV

 

A infecção causada pelo HPV pode ser assintomática ou provocar o aparecimento de verrugas com aspecto parecido com o de uma pequena couve-flor na pele e nas mucosas. Se a alteração nos genitais for discreta, será percebida apenas por exames específicos. Se forem mais graves, as células infectadas pelo vírus podem perder os controles naturais sobre o processo de multiplicação, invadir os tecidos vizinhos e formar um tumor maligno como o câncer do colo do útero e do pênis.

O vírus do HPV pode ser eliminado espontaneamente, sem que a pessoa sequer saiba que esteve infectada. Uma vez feito o diagnóstico, porém, é necessário tratamento, que pode ser clínico (com medicamentos) ou cirúrgico: cauterização química, eletrocauterização, crioterapia, laser ou cirurgia convencional em casos de câncer instalado.

 

Recomendações para evitar e para quem tem HPV

 

  • Lembre-se que o uso do preservativo é medida indispensável de saúde e higiene não só contra a infecção pelo HPV, mas como prevenção para todas as outras infecções sexualmente transmissíveis;
  • O HPV pode ser transmitido na prática de sexo oral;
  • Vida sexual mais livre e multiplicidade de parceiros implicam eventuais riscos que exigem maiores cuidados preventivos;
  • Informe seu parceiro/a se o resultado de seu exame para HPV for positivo. Ambos precisam de tratamento;
  • Parto normal não é indicado para gestantes portadoras do HPV com lesões genitais em atividade;
  • Consulte regularmente o ginecologista e faça os exames prescritos a partir do início da vida sexual. Não se descuide. Diagnóstico e tratamento precoce sempre contam pontos a favor do paciente.

 

Perguntas frequentes sobre o HPV

 

O que significa HPV?

HPV é a sigla para Human Papillomavirus (papilomavírus humano, em português), nome que engloba mais de 100 tipos diferentes de vírus que podem provocar a infecção.

 

É possível ter HPV na garganta?

Sim, a garganta é um dos locais onde podem surgir as verrugas características da infecção.

 

Quem tem HPV pode engravidar?

Sim. O ideal é que sejam tratadas as verrugas antes de engravidar, mas vale lembrar que existe a possibilidade de o vírus ser transmitido da mãe para o feto. Nesse caso, não é indicado parto normal.

 

HPV tem cura?

Em alguns casos o vírus é eliminado sem que a pessoa ao menos saiba que o possuía, mas não existe medicamento que mate ou elimine o vírus. Na maioria dos casos, a pessoa permanece com o vírus por toda a vida e manifestações da infecção podem ocorrer de tempos em tempos, ocasiões em que deve ser realizado novamente o tratamento.

 

A vacina contra HPV é segura?

Especialistas de saúde e o ministério afirmam que a vacina é segura e utilizada em países como Estados Unidos, Austrálias e muitos outros.

 

Quem pode tomar a vacina fornecida pelo SUS?

  • Meninas de nove a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
  • Pessoas que vivem com HIV;
  • Pessoas transplantadas na faixa etária dos nove aos 26 anos com acompanhamento médico.

A vacina tem duas doses, com a segunda ocorrendo seis meses após a primeira. No caso das pessoas com HIV e transplantados, são três doses com esquema de 0, 2 e 6 meses.

 

A vacina previne contra todos os vírus que causam HPV?

Não. A vacina previne contra os quatro tipos principais do vírus, dois relacionados ao surgimento de verrugas genitais e anais e outros dois muito associados ao maior risco de provocar câncer.

 

Por que o governo vacina as crianças?

O governo foca no grupo que ainda não iniciou a vida sexual para que a imunização seja feita antes da contração do vírus e porque o sistema imunológico delas responde melhor à vacina. Como existe uma grande parcela de adultos que está infectada e não tem conhecimento, a vacina pode não ser tão eficaz.

 

Já tenho HPV, a vacinação pode me ajudar?

Mesmo que você já tenha sido infectado por um tipo de vírus, a vacina pode prevenir outros tipos com os quais você ainda teve contato ao longo da vida.

 

Vídeo: Dr. Drauzio explica por que a vacina é importante também para os meninos

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