Câncer de estômago

Doença acomete duas vezes mais os homens do que as mulheres, com incidência maior entre os 50 e 70 anos e rara antes dos 40 anos.

Ilustração digital de estômago com manchas pretas representando câncer de estômago.

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Publicado em: 1 de agosto de 2013

Revisado em: 11 de agosto de 2020

O câncer de estômago acomete com mais frequência homens entre 50 e 70 anos. A incidência, no entanto, vem caindo, em parte devido às melhores condições de preparo e estocagem de alimentos.

 

O câncer de estômago, ou câncer gástrico, acomete duas vezes mais os homens do que as mulheres. Sua incidência é mais alta entre os 50 e 70 anos e rara antes dos 40 anos. Em geral, neste último caso, a doença está associada a fatores genéticos predisponentes.

Chile, Colômbia, Costa Rica e Japão concentram o maior número de tumores malignos no estômago. Dados apontam que, felizmente, a incidência vem caindo, fato atribuído em parte às melhores condições atuais de preparo e estocagem dos alimentos.

Veja também: Leia uma entrevista sobre câncer de estômago

Os tumores de estômago podem ser de três tipos diferentes. O mais comum é o adenocarcinoma (95% dos casos), seguido dos linfomas (3%) e do leiomiossarcoma.

 

Fatores de risco do câncer de estômago

 

São considerados fatores de risco para o câncer gástrico:

  • Predisposição genética, histórico familiar e idade mais avançada;
  • Dieta baseada no consumo de alimentos embutidos, defumados, conservados em sal, com altas doses de substâncias cancerígenas (nitritos, nitratos e nitrosaminas) e pobre em produtos naturais e frescos, como frutas e verduras, carnes e peixes;
  • Infecção por Helicobacter pylori. Essa bactéria que se aloja no estômago pode estar associada a quadros de gastrite crônica e úlceras gastroduodenais, assim como ao risco maior de desenvolver lesões pré-malignas e linfomas gástricos nos indivíduos geneticamente predispostos. Estudos mostram, porém, que menos de 1% das pessoas infectadas por essa bactéria irá desenvolver lesões malignas;
  • Pólipos gástricos adenomatosos, maiores do que 2 cm, originalmente benignos, mas com potencial de malignidade;
  • Anemia perniciosa (carência ou dificuldade de absorção da vitamina B12) e gastrite atrófica (doença autoimune);
  • Fumo: o risco de os fumantes desenvolverem a doença é duas vezes maior que o dos não fumantes;
  • Consumo de bebidas alcoólicas.

 

Sintomas do câncer de estômago

 

Nas fases iniciais, a doença pode ser assintomática ou apresentar sintomas semelhantes aos da gastrite ou de outros distúrbios estomacais, o que pode retardar o diagnóstico. Quando esses sinais aparecem, os sintomas mais frequentes são:

  • Dor abdominal;
  • Queimação ou azia;
  • Náusea;
  • Vômitos;
  • Sensação de estômago sempre cheio, porque o tumor ocupa parte do espaço destinado aos alimentos;
  • Perda de peso e de apetite;
  • Cansaço;
  • Sangramento digestivo.

A presença de massa palpável na parte superior do abdômen, nódulos no pescoço e umbilicais e sangramento são sinais de doença avançada.

 

Diagnóstico de câncer de estômago

 

O diagnóstico de câncer de estômago leva em conta os sintomas e os possíveis fatores de risco. Alguns exames, como hemograma, sangue oculto nas fezes, ressonância magnética, a tomografia computadorizada e a ultrassonografia endoscópica também podem ser úteis.

No entanto, a endoscopia digestiva alta é o exame que faz diferença para o diagnóstico precoce da doença, haja vista que permite não só observar as lesões, como colher material e realizar a biópsia imediatamente.

Desde que diagnosticado precocemente, o câncer de estômago tem bom prognóstico e muitos são os casos de cura.

 

Tratamento do câncer de estômago

 

Feito o diagnóstico, é preciso determinar o tamanho e a localização do tumor, ou seja, se está ou não circunscrito no estômago e se há focos da doença em órgãos, como linfonodos, fígado, peritônio, pulmões e ossos.

O tratamento é sempre cirúrgico. Dependendo do estágio da doença, pode ser necessário retirar parte do estômago ou o órgão inteiro (gastrectomia radical) e remover um número maior ou menor de linfonodos. Aplicações de quimioterapia e radioterapia podem representar estratégias terapêuticas importantes no tratamento.

 

Recomendações

 

  • Lembre que o corpo quase sempre dá sinais de que algo não vai bem. Procure um médico se apresentar distúrbios estomacais, como dor logo após as refeições e sensação de estômago cheio, mesmo que eles melhorem com o uso de remédios simples para controlar a má digestão;
  • Siga a orientação de nutricionistas para compor uma dieta saudável e equilibrada, especialmente se passou por cirurgia para remoção total ou parcial do estômago;
  • Inclua frutas e verduras frescas no cardápio de todos os dias;
  • Consuma com parcimônia embutidos e alimentos muito salgados;
  • Faça refeições menores a cada três horas aproximadamente;
  • Mastigue bem os alimentos, pois o processo de digestão começa na boca;
  • Não fume;
  • Prefira sucos naturais ao consumo de bebidas alcoólicas;
  • Pratique exercícios físicos regularmente.

 

Perguntas frequentes sobre câncer de estômago

 

O câncer de estômago pode voltar?

Muitos fatores influenciam o risco de um tumor de estômago voltar. Entre os principais estão o tipo de câncer (quanto mais diferentes as células malignas forem das células saudáveis, maior o risco), se o tumor invadiu vasos sanguíneos ou linfonodos e o quanto o câncer atingiu camadas mais profundas da mucosa gástrica.

 

Que alimentos contribuem para aumentar o risco de câncer de estômago?

O principal alimento envolvido no risco desse tipo de câncer são as carnes vermelhas, principalmente as que passam por processos de conservação, como embutidos (como bacon, linguiça e salsicha), defumados e técnicas que preservam com uso de sal (como charque e carne de sol).

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